terça-feira, 27 de abril de 2010

Desde cedo aprendeu que pessoas eram só pessoas e que não lhe cabia esperar nada delas, ou pelo menos, tentou. Não era de sua natureza ser assim.
Teimou, esperou e viu. De certo, se decepcionou. E porque não?! " São só pessoas, minha filha. "
Insistente, não deixava escapar nem um olhar de canto de olho muito menos um meio-sorriso, por mais que desejasse demonstrar algo. Não, não viveria de novo o mesmo conto de farsas. Não cairia na tentação de corresponder. De tanto tentar se esconder atrás de uma armadura que não a pertencia, tornou-se dura, fria e superficial. Amor?! Este pra ela de nada valia ou servia, só lhe trazia dor e de dor não queria viver.
Libertou-se de todo e qualquer tipo de sentimento que remetesse a afeto. Esqueceu daquilo que chamava de coração. Amor, calor e intensidade não era mais palavras de ordem.
Ficou com o desapego. Este nunca, NUNCA a magoaria.
Aprendeu a viver só, isso bastava.

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