Porque nesse mundo não basta só o cidadão ser um belo de um filho da puta, ele tem também que se fazer de vítima. Essa cara não me engana não. Uma vez filho da puta, pra sempre filho da puta. Um dia as máscaras caem e eu vou estar sentada na melhor das poltronas pra aplaudir o fim escroto do seu showzinho de merda.

Eu não vou chorar. Essa porra de orgulho deve servir pra alguma coisa.

" Obrigada por esquentar meus dias..."
Eu queria esquentar sua vida, guria cega...

Existem coisas que vão me lembrar de você pra sempre... Não adianta eu lavar minha memória com toda a água sanitária do mundo. Alguém vai falar, uma música vai tocar, um filme vai passar e eu vou lembrar.
Não importa o quanto eu capine meu terreno, você sempre brota como erva-daninha... E depois de "todo" esse tempo, você já está mais do que impregnada, grudada, fundida na minha vida.  Não adianta mais pedir " Vai embora, por favor? " Porque tá quase impossível tirar você de mim.

Sensação de ter engolido um guarda-chuva. 

O mais engraçado é chover e fazer frio aqui dentro também...

Os dias passando cada vez mais depressa e eu sentindo que tô perdendo você de pouco a pouco e sempre mais. Se for pra ir embora, vai de uma vez que é pra doer menos...

X: Tá tudo bem?
Y: Sim, por que?
X: Então por que você tá chorando?
Y: Porque eu acho bonito.

E na verdade é isso mesmo né? Choramos porque precisamos botar pra fora algo que nos transborda. Seja alegria ou tristeza. Dor ou amor. Sou dessas que chora. Na verdade, choro até com comercial de margarina. Sensível? Quase nada. Foi-se o tempo em que eu me incomodava em chorar na frente dos outros. Hoje eu sou tão transparente quanto consigo ser. Se é pra chorar, que eu chore. E que as lágrimas levem o que for ruim e sirvam de brinde para o que for bom.

It's a little bit funny this feeling inside... A verdade é que eu queria poder fugir. Fugir de mim. Passar a olhar só pra frente e esquecer o passado. Mas o passado sempre fez parte do que eu sou agora e não acho que assim as coisas iriam se resolver.
Eu queria poder fugir de você. Mas você está por toda parte.
Daí eu fecho os olhos com força e penso, puta que pariu meu Deus, por que as coisas têm mesmo que ser assim? Onde foi que eu errei? E ele manda a chuva como resposta, que é pra desabar junto comigo e lavar a minha alma. Quem sabe a chuva vem e leva você também né? Não quero mais me doer. Não quero mais respirar o ar que impreguina você em meus pulmões. Não quero mais pterodáctilos no estômago. Não quero mais nada. Queria só um botão pra te desligar de vez. Todas essas emoções me confundem. E brincar de montanha russa pra sair chorando não tá sendo muito legal...

Vou começar a praticar um mantra na minha vida. Vou colar no espelho do banheiro " As pessoas gostam do que não tem." pra eu ler todo dia e vê se isso entra na minha cabeça de vez. Cansei de apanhar e me foder por ser nada além de mim. Não vou me falsificar, que se foda. Vou morrer sendo assim e se você não tá aqui pra mergulhar na escuridão comigo, pra me dar a mão e não ter medo, nem faça questão de entrar.

Lembro de hoje ter pedido pra você não sumir quando tudo isso acabar, quando essa fase passar. Você respondeu que eu sei onde te encontrar. Mas na verdade, eu não sei. O único lugar que eu tenho certeza de que vou te encontrar é dentro de mim. E você tá tão dentro de mim, incrustada nas minhas entranhas e fazendo morada no meu coração que chega me dói. É você que eu procuro nas pessoas pelas ruas e consequentemente, é você que eu nunca encontro nunca senão aqui dentro.

Não me faça ir embora, por favor.
Tô em pânico só de pensar que daqui 20 dias tudo isso pode, ou não, ficar só na minha memória.
Não vá embora, por favor...

Espero que você nunca ache esse blog, se é que já não achou.
O quão idiota é escrever pra alguém que você queria que estivesse aqui e não está?
Escrevo pra parecer aquela fortaleza indestrutível perto de você.
Pra não aparentar nem dor, nem sofrimento, nem vontade de te roubar pra mim, nem nada.
Escrevo porque você não me lê.
Porque você tá, mas não está aqui.
Escrevo pra não morrer de vontade de gritar.
Pra não socar as paredes e surtar.
Escrevo enquanto você não vem...

Meus amigos falam pra eu esquecer. Seguir em frente. Não ligar. 

Mas você não sai da minha cabeça pra dar uma volta nem por um segundo. 

Eu sou balão, você é cacto, mas nada é impossível.

I: Cê tá bem?
M: Uhum. (:
I: Cê tá feliz?
M: ........... hehe, próxima pergunta.

Lembro da vez que você passou pelo corredor e eu pude sentir meu mundo parar por uma eternidade quase infinitesimal. Três segundos que valeram por uma vida. Vasoconstrição periférica seguida de taquicardia. Excesso de adrenalina, cê sabe né? Excesso também de vontade de saber quem era aquela criatura que conseguiu tirar meus pés do chão no meio daquela zona de gente. A partir daí você já sabe... Né? Sabe o pior? Sinto essas vasoconstrições até hoje. Que nem hoje, quando eu fugi da sala pra beber uma água. Parece que eu tô ensaiando pra um futuro infarto... Sério. Só queria que você estivesse aqui e aqui de verdade. Só.

Prefiro esbanjar emoções. Mesmo que doa. Mesmo que, um dia, eu possa me arrepender. Meus arrependimentos duram pouco, alguma coisa me cutuca e diz olha, que bom que você fez. Que bom que você teve coragem. Que bom que você sente. Que bom que você tenta. Tentar é se arriscar. E tudo na vida tem metade de chance de dar certo. E a outra metade? De dar errado. Mas não é poupando que você saberá. — Clarissa Corrêa. 

Otária

O.tá.ria: fem. sing. de otário.

No meu caso, pessoa que faz tudo certo e só se fode. Que corre atrás, que se expõe, que bota sentimento até nas pequenas coisas porque acha que é assim que deve ser feito e só se fode, que não engana e não mente, que não puxa o tapete dos outros e só se fode. Que confia no ser humano e só se fode. Que vê a porra do mundo de cabeça pra baixo, vê e presencia valores invertidos, que não se contamina com essa doença escrota do mundo e só se fode. E que não se falsifica e vai até o fim sendo quem é. Mesmo que se foda.

Só pra deixar registrado: 

Não sei o que eu tenho na cabeça 

Minha anatomia é torta 

E eu nasci sendo toda coração 

Não é possível

Forja a felicidade pra se fortalecer da porra da minha tristeza. Pra quê? Não vou pagar pra ver de novo. Já vi muito mais do que precisava e merecia. Devia ser proibido fazer mal a que só te quer bem, não é mesmo? Tanta gente por aí eu eu insistindo nadar nesse mar sem fim e sem luz. O quão perseverante eu devo ser? Ou, o quão corajosa eu devo ser pra ir embora? É isso que você quer né? Pois se não é, realmente parece. E se for, é só mandar. Me jogo do abismo, me estraçalho, me quebro e sangro inteira, mas quando eu vou embora é pra nunca mais voltar.

Um remédio, um porre e quem sabe até um outro alguém pra me curar de você.

Sabe o que acontece? É que eu não faço a mínima ideia de como ler mentes. E se esse poder eu tivesse, acho que muito pouco usaria. Queria tanto que você me dissesse o que fazer, me desse uma direção qualquer ou que até mesmo me mandasse embora. Eu iria. O problema é que você não fala e a comunidade de minhocas da minha cabeça fica sedenta para que eu as alimente. Eu super entendendo que a gente não escolhe quem gostar e que raramente o universo acerta e faz com que a gente goste de quem vai gostar da gente ou que já gosta. É complicado. Eu vou continuar gostando de você, me doendo e me doando inteira, assim como faço sempre, colocando tudo de mim em cada pouco. Mas um dia, eu sei, vai parar de doer, vai cicatrizar e eu vou saber lidar bem com tudo isso. Se eu perdoo? Já perdoei faz tempo, vingança não leva ninguém a lugar algum. What goes around comes around, não é assim?
"Não tem como escapar. Se você embarcou na coisa, tem de ir fundo, mesmo que fundo seja o fim."

Desistir é sempre uma opção. Quem diz que não desiste porque não pode é porque está vivendo de martírio, porque está preso e se sente na obrigação de não abrir mão. A porta tá aberta e eu não vou desistir porque EU não quero, posso muito bem escolher entre as opções que me são oferecidas. Dói, e eu sinto doer cada vez mais, mas eu continuo... não porque preciso e sim porque eu quero. Posso sair na hora que eu bem entender, não disse que a porta estava aberta? Se eu continuo dando soco em ponta de faca é porque eu tenho motivo. E é esse motivo que me faz oscilar entre tentar mais uma vez e cair fora. Vale a pena estar aqui? Contemplando essa visão bucólica e sádica do abismo? Por enquanto... vale sim. E é por isso que eu tenho vontade de chegar todo dia de manhã e dizer o quanto eu me importo, o quanto eu quero bem, o quanto eu quero pra mim. Mesmo que você não me escute, não me entenda e nem valorize. Faço - principalmente - por mim. Faço porque eu quero, porque eu desejo. Levo esperança em uma mão e sonhos na outra. Um peito aberto e um coração sangrando.

"Sorria, brinque, chore, beije, morra de amor, sinta, sonhe, grite e, acima de tudo, viva. O fim nem sempre é o final. A vida nem sempre é real. O passado nem sempre passou. O presente nem sempre ficou e o hoje nem sempre é agora. Tudo o que vai, volta. E se voltar é porque é feito de amor."

Deixar partir

Tanta coisa me lembra você, chega a ser bizarro e engraçado ao mesmo tempo. Palavras, músicas e por incrível que pareça, até tomate e açaí. Te vejo em tanta gente. Na verdade, acho que te procuro sem nunca achar. É difícil não me importar com tudo que leio e vejo por aí. Não que a sua felicidade me incomode, o que incomoda é ela não ser dividida comigo, como eu gostaria ( MUITO ) que fosse. Por você eu seria capaz de virar o mundo de cabeça pra baixo e ir até o final do final, até as últimas consequências só pra te ver sorrir e me abraçar. Mas hoje, resolvi fazer as malas... Elas estão ali num canto, prontas e fechadas. Estourando de tudo que eu sou e coloquei lá dentro pra levar comigo, malas cheia de lembranças, frases ditas e não ditas, olhares trocados e lágrimas, que andam me acompanhando com tanta frequência que decidi levá-las também, são partes de mim. Há algumas horas atrás eu jurei de pés juntos que estaria prestes a partir. Agora nem eu sei mais. Como boa canceriana de merda que sou, tô sendo papel principal de uma luta interna travada entre o meu orgulho e o tanto que eu te quero, e sinceramente, não sei o que fazer. Meu orgulho me diz pra jogar tudo isso pro alto e ir embora de uma vez enquanto o querer-te tanto bem diz pra eu não desistir. Não me vejo como uma desistente, só não aguento mais levar porrada o tempo todo e sorrir como se nada estivesse acontecendo. Uma hora a armadura vai cair. Ou eu vou explodir antes que isso aconteça. Então o melhor é ir embora né? Partir sem olhar pra trás. Rezando pra um dia você se encontrar e perceber que o que falta em você sou eu? É. Não sei mesmo o que eu tinha na cabeça quando pensei que fosse dar em alguma coisa, que seria diferente dessa vez. Que a minha coleção de cicatrizes não aumentaria. Que as pessoas fossem ser boas pra mim só porque eu queria que fossem. Mas eu continuo fazendo parte desse mundo louco, eu só não vou me adaptar nunca, o mundo tá doente e eu não quero estar também. Enquanto isso eu espero sentada em cima das malas, como quem espera um trêm que nunca vai chegar. Como quem espera por um último suspiro. O suspiro que vai me fazer partir ou ficar. E quem decide agora é você.

Sempre disse que escrevo para não gritar, mas gritar era o que eu mais queria agora. Botar pra fora tudo isso que me fazer arder e queimar por dentro, e quem sabe até achar um caminho. Ainda que todos eles me levassem a você, como tem sido. Poderia doer menos né? A verdade é que eu estou estraçalhada. E nem por isso eu deixei de querer e lutar e infelizmente, por mais que me doa eu só consigo te querer cada vez mais.